Que nos momentos mais difíceis a ajuda
veio justamente daquela pessoa que eu achava
que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso,
tenho direito de me irritar,
mas não tenho o direito de ser cruel.
Que jamais posso dizer a uma criança que seu
sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia
para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi que meu melhor amigo vai me
machucar de vez em quando, que eu tenho
que me acostumar com isso.
Que não é o bastante ser perdoado pelos outros,
eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo,
o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi...
Que as circunstâncias de minha infância
são responsáveis pelo que eu sou,
mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.
Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Que, quando duas pessoas discutem,
não significa que elas se odeiem;
e quando duas pessoas não discutem não
significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos,
eles vão se machucar e eu também.
Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha
existência pode mudar para sempre,
em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede
não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido,
quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito,
mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora
da nossa vida de qualquer maneira, mesmo
que desejemos retê-las para sempre. Aprendi,
afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil,
não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Charles Chaplin
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