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domingo, 5 de abril de 2020

A TRILHA DO LAGO


Quais mistérios nos reservam as profundezas de matas e florestas afastadas? Será que criaturas misteriosas poderiam habitar esses locais aparentemente tranquilos e isolados?" O Relato a seguir é sobre um desses locais aparentemente tranquilos! ==================================================================================== Isso aconteceu na metade de Janeiro de 2002, em um lugar que eu já tinha ido três vezes antes, sempre no verão. Era um acampamento no interior de São Paulo, onde eu e mais duas amigas fomos. Era o nosso segundo dia lá e eu e as minhas amigas estávamos entediadas. No ano anterior a Janaina, a Jéssica e eu tínhamos encontrado uma trilha que dava a volta em um lago que tinha lá no meio da floresta, e dava a volta nele, levando para o outro lado do lago, mas nós não tivemos a oportunidade de explorar ela direito. Durante um dos nossos "recreios", nós três decidimos que já que era o nosso último ano em que íamos para lá, já que estávamos na idade limite, era a nossa última chance de ver onde a trilha que dava a volta no lago ia parar. Nós fomos para o lago e achamos um bando de garotos brincando com algumas canoas. Ignorando eles nós achamos a trilha e seguimos para o outro lado do lago. Nós achamos que não tinha mais ninguém naquele lado do lago, mas vimos um bando de garotas mais novas saindo de uma trilha que entrava na floresta. Nós perguntamos para elas se tinha algo de interessante por lá. Todas elas falaram que não, olharam para a trilha, fizeram um tchau com a mão e foram embora. Eu fiquei curiosa, assim como a Janaina e a Jéssica, então seguimos a trilha. Ela entrava um pouco na floresta e ia parar em uma espécie de playground. Tinha um balanço, uma gangorra, um gira-gira e uma rede que subia até uma plataforma. Nós bagunçamos por lá um pouco e tiramos fotos uma das outras. Todas nós subimos na plataforma e tiramos algumas fotos de lá de cima, e depois eu e a Jéssica descemos, deixando a Janaina lá em cima (ela estava com dificuldade para descer, porque não queria pisar em nenhuma teia de aranha). Enquanto estávamos no chão esperando ela descer, começamos a ouvir umas coisas estranhas. Primeiro eu ouvi, passos na floresta. Dois passos então parava, então mais dois e então parava de novo. Depois a Jéssica ouviu. Nós falamos para a Janaina descer mais depressa. Ela desceu e então veio pra junto de nós. Nós ficamos paradas em silêncio por algum tempo, então nós ouvimos de novo. Dois passos e silêncio. Eu estava me virando tentando ver de onde vinha, porque parecia estar tão perto, mas não tinha nada lá, nenhum passarinho, nenhum bichinho, nenhuma pessoa, nada. Nós saímos de lá bem rápido e voltamos para a clareira que circulava o lago. Para mim já tinha sido aventura demais para um dia, mas a Janaina e a Jéssica estavam se sentindo aventureiras. Não tinha mais ninguém no lago, então eu achei que as pessoas já estavam voltando para o almoço. Eu falei para elas que talvez devíamos voltar para o almoço também (eu já estava começando a me sentir um pouco e pânico), mas as duas queriam continuar. Nós encontramos uma outra trilha que entrava em uma outra parte da floresta, e para mais longe do acampamento, e nós começamos a seguir ela. Eu realmente não estava com uma boa impressão dessa trilha. Quanto mais entrávamos na floresta, pior era a sensação. Nós seguimos até achar uma pilha de sacos de lixo preto empilhados em um lado da trilha. Nós fizemos algumas piadinhas bestas e rimos um pouco nervosas, enquanto contornávamos eles e continuávamos seguindo a trilha. Nós chegamos em uma pequena clareira, e ali nós vimos algo bem estranho. Do lado direito da clareira tinham três grandes gaiolas na forma de uma meia bola. É o único jeito que dá para descrever aquilo. Nós ficamos ali paradas olhando para aquilo, e até tiramos fotos. Eu estava ficando nervosa e já estava quase implorando para a Janaina e para a Jéssica para a gente voltar para o acampamento. Elas finalmente cederam e viramos para voltar para a trilha. Quando estávamos saindo da clareira nós passamos por uma árvore que tinha chamado a minha atenção mais cedo. Eu tinha sentido um medo incontrolável quando tinha passado por baixo dela. Dessa vez eu senti uma vontade incontrolável de olhar para cima enquanto passávamos por baixo dela. Eu me arrependo até hoje de ter olhado, porque eu vi um homem lá em cima. Ele estava lá só por alguns segundos, mas eu posso lembrar quase que completamente dele. Ele estava vestindo uma blusa vermelha e jeans azul escuro. Ele tinha o cabelo bem curto e estava olhando para nós com um sorriso bem ameaçador. Eu agarrei o braço da Janaina bem forte e falei "tem alguma coisa ali em cima." Ela respondeu "acho melhor a gente ir embora daqui!" Então nós corremos feito três condenadas e chegamos no lago já sem fôlego nenhum. Eu estava pronta para voltar para o acampamento quando a Jéssica notou que tinha uma bifurcação na trilha que tínhamos acabado de sair. Eu já estava tremendo e realmente não queria ir, mas elas queriam. Eu fui na frente, não queria ficar atrás delas, e então seguimos a trilha. Essa trilha era bem longa, e nos levou para mais longe ainda do acampamento, para... bem, não tínhamos idéia para onde estava nos levando. Eu ainda estava tendo calafrios e sensações muito ruins. Depois de um tempo de nos aprofundar cada vez mais na floresta, nós começamos a ouvir risadas. A Janaina achou que estávamos ouvindo o pessoal no acampamento, mas isso não parecia estar certo. Nós estávamos bem longe, estávamos andando já fazia um bom tempo na direção oposta do acampamento. Nós estávamos bem longe de onde alguém estaria. E era risada de crianças, não de adolescentes. FINALMENTE a Janaina e a Jéssica decidiram que ia ser melhor se voltássemos para o acampamento para o almoço. Eu fiquei tão aliviada de sair da floresta. Eu não falei para elas o que eu tinha visto na árvore até um bom tempo depois. E muito depois, meses depois ,eu conversei com a Jéssica sobre as risadas que nós ouvimos e nós decidimos que realmente deve haver alguma coisa misteriosa do outro lado do lago daquele acampamento. www.alemdaimaginacao.com Rebeca São Paulo - SP - Brasil Contato: assombracoes@gmail.com

quinta-feira, 21 de junho de 2018

A Ilha dos Sentimentos.


Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha. Pegaram seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse: - Riqueza, leve-me com você. - Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você. Ele pediu ajuda a Vaidade, que também vinha passando. - Vaidade, por favor, me ajude. - Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo. Então, o amor pediu ajuda a Tristeza. - Tristeza, leve-me com você. - Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha. Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la. Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar: - Vem Amor, eu levo você! Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria. - Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui? A Sabedoria respondeu: - Era o TEMPO. - O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe? - Porque só o Tempo é capaz de entender o "AMOR"."

terça-feira, 19 de junho de 2018

Comprar o tempo.


Uma menina,com voz tímida e olhos de admiração, pergunta ao pai quando este retorna do trabalho: -papai, quanto o senhor ganha por hora? O pai, num gesto severo, responde: -Escuta aqui,meu filha, isto nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado ...mas a filha insiste: -Mas pai, por favor, diga o quanto o senhor ganha por hora? A reação do pai foi menos severa e respondeu: - três reais por hora... -então, pai, o senhor poderia me emprestar um real? O pai nervoso e tratando a filha com brutalidade, respondeu: -Então era essa razão de querer saber o quanto eu ganho?Vá dormir e não me amole mais, menina abusada.. Já era tarde da noite quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se arrependido.Talvez, quem sabe, a filha precisasse comprar algo. Querendo aliviar sua consciência pesada, foi ate o quarto da menina e, em voz baixa, perguntou: filha esta dormindo? -Não pai, respondeu sonolenta a garota. -Olha, aqui esta o dinheiro que você me pediu, um real. Muito obrigado, papai disse a filha levantando-se sorrindo e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a sua cama. - agora já completei, papai tenho três reais... E olhando o pai com carinha de sono, entrega o dinheiro para ele dizendo solenemente ... "Papai poderia me vender uma hora do seu tempo?" Autor Desconhecido ********