Mostrando postagens com marcador atuante. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador atuante. Mostrar todas as postagens

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Yoná Magalhães (Obituário da Fama)


Atriz [07 / 08 / 1935 <==> 20 / 10 / 2015] Yoná Magalhães Gonçalves Mendes da Costa , mais conhecida como "Yoná Magalhães" foi um grande atriz brasileira, conhecida pelo público e fás por suas inúmeras participações em novelas para a televisão, peças de teatro e filmes. Yoná Magalhães começou na carreira artística por acaso, para ajudar sua família quando seu pai estava desempregado. Como já gostava de teatro, ela imaginou que dessa forma poderia talvez seguir carreira artística, e deu certo, se tornou uma das maiores atrizes brasileiras. Depois de atuar em pequenos papés no início da década de 1950, finalmente consegiu um contrato com a Rádio Tupi. Depois de ficar algum tempo na rádio, teve um convite para participar de uma telenovela, em uma época ainda que não existia videoteipe, atuando ao vivo na televisão. Em seguida, participou de novelas e do Grande Teatro da TV Tupi e excursionou pelo Brasil com as peças O Amor é Rosa Bombom e Society em Baby-Doll, em 1962, com a companhia de André Villon e Ciro Costa. Durante a turnê teatral, conheceu e se casou com o produtor Luis Augusto Mendes, e com ele teve o único filho, Marcos Mendes. O relacionamento chegou ao fim em 1965 e, um ano depois, a atriz voltou a se casar, desta vez com o ator Carlos Alberto que era seu par quase que constante nas novelas em que atuava, com quem viveu por quatro anos. Após seu casamento com Luís Augusto Mendes, Yoná se mudou para a Bahia. Em Salvador, participou com o grupo "A Barca", formado por ex-alunos da Escola de Teatro, do Grande Teatro, na TV Itapoã, sob a direção de Luiz Carlos Maciel. Também atuou no filme de Glauber Rocha, um marco do Cinema Novo: “Eu não estava engajada em nada, eu não consegui perceber a grandeza daquela obra, não consegui perceber o significado. Também ninguém esperava que fosse o que foi”. De volta ao Rio em 1964, continuou trabalhando em teatro, chegando a montar sua própria companhia, com a qual encenou O Pecado Imortal e Os Inimigos Não Mandam Flores, de Pedro Bloch. Yoná Magalhães fez parte do primeiro elenco da TV Globo. Contratada em 1965, protagonizou a novela "Eu Compro Esta Mulher" (1966), de Glória Magadan, onde formou o primeiro par romântico de sucesso da emissora com o ator Carlos Alberto. “A audiência deu um pulo astronômico. Eu não sei bem esse mistério da dupla romântica, mas na época causava grande frisson. A identificação era muito grande, porque aquela dupla continuava, então aquilo era de verdade”. A atriz trabalhou ainda em outras novelas da mesma autora, como "O Sheik de Agadir" (1966), "A Sombra de Rebecca" (1967), "O Homem Proibido" (1968), "A Gata de Vison" (1968/1969), quando contracenou com Tarcísio Meira, e "A Ponte dos Suspiros" (1969). Ela e Carlos Alberto se transferiram para a Tupi de São Paulo, em 1971, para participar de "Simplesmente Maria", dirigida por Walter Avancini. No ano seguinte, já de volta à Globo, atuou em "Uma Rosa com Amor", de Vicente Sesso, em que disputava com Marília Pêra as atenções de Paulo Goulart. Depois, juntou-se a Tarcísio Meira, Glória Menezes, Francisco Cuoco em "O Semideus" (1973), de Janete Clair, sob a direção de Daniel Filho e Walter Avancini. Em "Espelho Mágico" (1977), de Lauro César Muniz, interpretou Nora Pelegrini, uma ex-estrela que amargava papéis coadjuvantes; e em "Sinal de Alerta" (1978), onde foi a jornalista Talita, proprietária da Folha do Rio, jornal que lidera uma campanha contra a deterioração do meio ambiente. No final da década de 1970, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na TV Tupi, atuando na novela "Gaivotas" (1979), de Jorge Andrade, e na Bandeirantes, participando das novelas "Cavalo Amarelo" (1980), de Ivani Ribeiro, "Os Imigrantes" (1981), de Benedito Ruy Barbosa, Wilson Aguiar Filho e Renata Palottini, e "Maçã do Amor" (1983), de Wilson Aguiar Filho. De volta ao Rio e à Globo em 1984, viveu a americanófila "Maria das Graças" – ou Grace –, em "Amor com Amor se Paga", de Ivani Ribeiro. No ano seguinte, esteve no elenco de uma das novela de maior sucesso da história da emissora: "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Nela, interpretou a Matilde, dona da boate onde trabalham as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis de Oliveira). “Eu falava: ‘Pô, não podia também cantar um pouco? Eu danço um bocadinho...’. E aí começou aquela coisa: ‘Ih, a Yoná, olha a Yoná está de malha, olha a perna!". Enfim, aconteceu o nunca esperado por ninguém, nem por mim, que foi o convite da Playboy para fotografar. Por causa da Matilde do Roque Santeiro, você vê? Foi uma coisa espantosa para as pessoas, mas eu já sabia que eu tinha perna há muito tempo”. A seguir, participou da novela "O Outro" (1987), de Aguinaldo Silva, na qual viveu outra personagem exuberante, a Índia do Brasil. Nos anos 1990, atuou em quatro novelas de Walther Negrão: "Despedida de Solteiro" (1992), "Anjo de Mim" (1996), "Era uma Vez..." (1998) e "Vila Madalena" (1998). Em "Senhora do Destino" (2004), de Aguinaldo Silva, foi Flaviana, sogra de Giovanni Improtta (José Wilker). Em "Paraíso Tropical" (2007), de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, deu vida à ex-vedete Virgínia, mulher do malandro Belisário Cavalcanti (Hugo Carvana), com quem praticava pequenos golpes. Atuou ainda em "Negócio da China" (2008), de Miguel Falabella, e "Cama de Gato" (2009), de Thelma Guedes e Duca Rachid. Em 2013, interpretou a decadente socialite Glória Pais em "Sangue Bom". A atriz participou também de importantes minisséries da Globo, como "Grande Sertão: Veredas" (1985), adaptada da obra de Guimarães Rosa por Walter George Durst, e "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados" (1995), adaptada da obra de Nelson Rodrigues por Leopoldo Serran, e atuou em diversos seriados, entre os quais a segunda versão de "Carga Pesada" e "Tapas & Beijos". De sua carreira no teatro, a atriz destaca as montagens de "Terror e Miséria", de Bertolt Brecth; "Os Físicos", de Durremat; "Os Inimigos Não Mandam Flores", de Pedro Bloch; Balbina de Inhansã, de Plínio Marcos; "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues; "Mulher Integral", de Carlos Eduardo Novaes; "Falcão Peregrino", de Vicente Pereira; "Vagas para Moças" de Fino Trato, de Alcione Araújo; "A Partilha", de Miguel Falabella; e "O Milagre da Santa", Vicente Pereira. No cinema, além de "Deus e o Diabo" e de uma versão de Society em "Baby-Doll", dirigida por Waldemar Lima e Luiz Carlos Maciel, atuou ainda em "Alegria de Viver" (1958), de Watson Macedo, e "Pista de Grama" (1958), de Haroldo Costa. Causa da Morte: Yoná Magalhães morreu 20/10/2015 na Casa de Saúde São José, no bairro da Gávea na zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, onde estava internada desde 18/09/2015 com problemas cardíacos. A atriz passou por uma cirurgia, mas não resistiu, falecendo com 80 anos de idade. Sepultamento: O corpo de Yoná Magalhães foi cremado no Cemitério Memorial do Carmo - Caju - Zona Portuário do Rio de Janeiro. Av. Monsenhor Manuel Gomes, 287 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil. Coordenadas GPS (Latitude / Longitude) (Cemitério): [22°53'18.43"S / 43°13'14.21"W] [Clique nas Coordenadas acima para acessá-las no Google Maps!] __________________________________________________________ Nota: [Zelamos pela qualidade e precisão das informações contidas nas Mini Biográfias publicadas, no entanto falhas podem ocorrer, sendo que neste caso solicitamos que possíveis erros existentes nessa Mini Biografia, bem como para complementar informações e dados que possam melhorar o artigo, sejam comunicados através do e-mail: assombracoes@gmail.com]. __________________________________________________________