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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

ELKE MARAVILHA. ( Obituário da Fama)


Atriz / Modelo / Apresentadora [22/02/1945 <==> 16/08/2016] Elke Georgievna Grunnupp, mais conhecida como "Elke Maravilha" foi uma atriz, modelo, apresentadora e jurada de programas de TV no Brasil, sendo mais lembrada pelo público através do seu visual extravagante, seu alto astral e pela sua participação em filmes para o cinema e participação em programas de auditório. Filha do russo George Grunupp e da alemã Liezelotte von Sonden, Elke nasceu na antiga Leningrado, hoje São Petersburgo (Rússia). Ela tinha seis anos quando sua família se mudou para o Brasil, fugindo de perseguições políticas do stalinismo soviético. O casal e os três filhos, privados da cidadania russa, se estabeleceram primeiramente em um sítio em Itabira, MG, sendo que em 1955 sua família arrendou terras na cidade de Atibaia, SP, dedicando-se ao cultivo de morangos. Em seguida, a família mudou-se para Bragança Paulista, SP, onde também cultivou a terra. Quando retornaram à Minas Gerais, Elke escolhida "Glamour Girl" em Belo Horizonte no ano de 1962, sendo nesse mesmo ano que ela foi naturalizada brasileira. Aos 20 anos, ela saiu de casa para morar sozinha na cidade do Rio de Janeiro, RJ, onde arrumou emprego como secretária bilíngue, valendo-se de sua fluência em oito idiomas, muitos deles aprendidos no próprio ambiente familiar, além de ser a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil – Estados Unidos. Nesse meio tempo seu pai tornou-se diretor da Liquigás e foi transferido para Porto Alegre, RS. Elke então voltou a morar com a sua família em Porto Alegre entre 1966 e 1969, onde cursou Filosofia, Medicina e Letras na UFRGS e se formou tradutora e intérprete de línguas estrangeiras. Elke cComeçou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, em 1969, no mesmo período em que se casou com o escritor grego Alexandros Evremidis, o primeiro de seus oito casamentos. No início da carreira Elke conheceu a estilista Zuzu Angel, de quem se tornou amiga. Durante a ditadura militar, em 1971, ela foi presa por desacato no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por rasgar cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho da amiga Zuzu, alegando que ele já havia sido morto pelo regime. Foi enquadrada na Lei de Segurança Nacional e perdeu a cidadania brasileira, o que a deixou apátrida. Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possuía. A história da estilista foi contada nos cinemas em 2006 no longa "Zuzu Angel". No filme, Elke foi interpretada pela atriz Luana Piovani, mas fez uma participação especial. Sua vida pessoal sempre foi conturbada. Morou em diversos países e teve oito casamentos, com homens de diversas nacionalidades. Fez três abortos, fruto de seus três primeiros casamentos, pois jamais quis ser mãe, e sempre achou que com seu jeito rebelde de ser, jamais poderia educar uma criança de forma digna. Contou em entrevistas que tomava pílula anticoncepcional, mas fora enganada por alguns desses maridos, que queriam ser pais, e em vez de tomar a pílula certa, Elke tomava a pílula de farinha. Após descobrir isto, começou a usar DIU. Elke também foi usuária de todos os tipos de drogas ilícitas, além de todos os tipos de bebidas alcoólicas. Dizia que não tinha preferência por nenhum tipo de homem, e sim, que tinha pressa de namorar. Elke começou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, vindo a trabalhar com estilistas famosos da época e foi considerada como inovadora nas passarelas. Inicialmente discreta, mas com o tempo ela abriu espaço para sua extravagância, que era sua característica original. Chamando atenção por ser bastante alta (1,80 m) e loira natural, não pensava em seguir carreira artística, já que dava aulas de língua estrangeira há alguns anos, e gostava do que fazia. Apesar disto, foi convencida por muitas pessoas, pois era considerada de uma beleza exótica para os padrões do Brasil. Aceitou os convites que vieram e começou a sua carreira com Guilherme Guimarães. Após se tornar famosa no mundo da moda, parou de dar aulas e conquistou sucesso. Elke fez cursos de cinema e teatro e trabalhou na televisão: foi batizada como Elke Maravilha pelo jornalista Daniel Más, e se tornou conhecida ao ser chamada dessa forma pelo famoso apresentador "Chacrinha", com quem ela trabalhou durante 14 anos, a partir de 1972. Elke Maravilha tornou-se popular na TV brasileira nos anos 70 e 80, aparecendo como jurada de programas de calouros do Chacrinha e de Silvio Santos. Nesses programas sempre usava perucas e roupas chamativas e buscava passar mensagens positivas para os espectadores. Em 1993, estreou o 'Programa da Elke', onde recebia personalidades para bate-papo e entrevistas. Começou a trabalhar como atriz em "O Barão Otelo no Barato dos Bilhões", com Grande Otelo, e atuou em filmes como Pixote, de Héctor Babenco; Quando o Carnaval Chegar e Xica da Silva, de Cacá Diegues. Por sua interpretação em Xica da Silva, Elke foi premiada com a "Coruja de Ouro" como melhor atriz coadjuvante. No teatro foi expoente do Movimento de Arte Pornô. Sua estreia como atriz na televisão foi em 1986 como dona de um bordel na mini-série "Memórias de um Gigolô", com direção de Walter Avancini, e a atuação lhe rendeu o convite para ser madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro. Em 2016 a atriz estava em cartaz com "Elke Canta e Conta", peça itinerante sobre sua história, em que contava da sua infância na Rússia, dos casamentos e de sua vida como modelo e apresentadora. Curiosidades: - Elke Maravilha era muito culta, falava nove idiomas: russo, português, alemão, italiano, espanhol, francês, inglês, grego e latim. - Namorou Bóris Feldman, ex-colunista do Jornal Estado de Minas, engenheiro e jornalista, editor do site Auto Papo. - Antes da fama trabalhou como bancária, secretária trilíngue e bibliotecária. Foi também a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil – Estados Unidos. Causa da Morte: Elke Maravilha morreu 16/08/2016 por volta da 1h00' com 71 anos de idade na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, devido à falência múltipla dos orgãos. Elke estava internada após uma cirurgia para tratar uma úlcera. O corpo de Elke Maravilha foi velado no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, na manhã do dia 17 de agosto. Antes de ser internada, Elke pediu a seu irmão Frederico que ela estivesse linda em seu enterro. Portanto, ela foi vestida com um vestido feito especialmente para o seu musical "Elke Canta e Conta" e maquiada por amigos do jeito que ela costumava se maquiar. O corpo foi enterrado por volta das 17h do dia 17 de agosto no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Sepultamento: O corpo de Elke Maravilha foi enterrado no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro. Rua General Polidoro, s/n - Botafogo. Cidade do Rio de Janeiro - RJ - Brasil. Coordenadas GPS (Latitude / Longitude): [22°57'32.18"S, 43°11'16.92"W] [Clique nas Coordenadas acima para acessá-las no Google Maps!] _____________________________________________________________ Nota: [Zelamos pela qualidade e precisão das informações contidas nas Mini Biográfias publicadas, no entanto falhas podem ocorrer, sendo que neste caso solicitamos que possíveis erros existentes nessa Mini Biografia, bem como para complementar informações e dados que possam melhorar o artigo, sejam comunicados através do e-mail: assombracoes@gmail.com]. _____________________________________________________________

domingo, 27 de maio de 2018

ELOISA MAFALDA "Obituário da Fama "


Atriz [18 / 09 / 1924 <==> 16 / 05 / 2018] Mafalda Theotto, mais conhecida como "Eloisa Mafalda" foi uma famosa atriz brasileira, mais lembrada pelo público e fãs através dos seus diversos papéis interpretados em várias novelas feitas para a televisão, embora também tenha participado de filmes para o cinema e peças de teatro. Neta de italianos, Mafalda já nasceu uma criança alegre na cidade de Jundiaí, estado de São Paulo. Ela dizia em tom de brincadeira: “Eu era infeliz e não sabia”. Na verdade, as dificuldades financeiras da família, lhe eram passadas de forma realista, mas não difíceis, pois apesar de ser humilde, tudo o que queria era ser feliz. Em 1940, os pais se divorciaram. Para ajudar a mãe no sustento do lar, seu irmão Oliveira Neto foi ser locutor nas rádios Tupi e Difusora de São Paulo e Eloisa Mafalda passou a trabalhar como costureira. Tempos depois, conseguiu um emprego como auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, onde conheceu a alemã Alice Waldvoguel, que lhe ensinou sobre arte e interpretação. Antes, aos 12 anos, quase participou dos Jogos Olímpicos de 1936, porque era ótima nadadora, mas sua ida à Olimpíada acabou não dando certo pois o pai dela não deixou, sendo que ela mesma contou esta história em seu depoimento ao museu da tv. O início da vida artística de Mafalda aconteceu por acaso. O irmão Oliveira Neto foi para a Tupi-Tamoio, do Rio de Janeiro. Para trazer a irmã, a convenceu a fazer um teste de rádio-teatro. Mafalda fez e foi aprovada, e escolheu o nome artístico de "Eloísa Mafalda", por ser mais bonito que só seu primeiro nome, passando a trabalhar em radionovelas da Rádio Nacional, sendo que em seguida foi para a televisão atuar na TV Paulista. Eloísa Mafalda permaneceu na TV Paulista até o seu término, quando esta foi vendida para a TV Globo, onde a atriz interpretou papéis inesquecíveis em sua carreira, como a Dona Nenê da primeira versão de A Grande Família; a Maria Machadão de Gabriela; Dona Mariana em Paraíso; Gioconda Pontes em Pedra sobre Pedra e Manuela em Mulheres de Areia. Porém, sem dúvida, o seu maior sucesso foi Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro. Conhecida no Brasil todo e no estrangeiro, a antiga secretária, a discípula de Dona Alice, muito se espanta e se comove com seu sucesso. E diz de forma graciosa, simpática, verdadeira: “Tudo aconteceu por acaso, porque eu não queria ser atriz, foi tudo uma brincadeira". Estreou no cinema em 1950 no filme Somos Dois e no teatro, estreou em 1965, na peça "O Morro dos Ventos Uivantes". Pouco se dedicou à estas áreas de atuação artística. Eloísa Mafalda foi casada com Miguel Teixeira por três anos, com quem teve dois filhos: Marcos e Mírian. Não se casou mais após o divórcio, apenas manteve alguns relacionamentos estáveis. A atriz teve dois netos e dois bisnetos. Além dos problemas de memória, conviveu por muitos anos com as sequelas de uma fratura no fêmur, após uma queda em casa. Causa da Morte: Eloisa Mafalda morreu 16/05/2018 com 93 anos de idade na casa onde vivia com sua filha na cidade de Petrópolis - RJ, devido à insuficiência respiratório em decorrência da idade. Sepultamento: O corpo de Eloisa Mafalda foi velado no teatro Poytheama na cidade de Jundiaí - SP, e enterrado no cemitério Nossa Senhora do Desterro, também na cidade de Jundiaí - SP, sua cidade natal. Av. Henrique Andrés, 360 - Centro, Jundiaí - SP. Tel.: 11-4521-6092. Coordenadas GPS (Latitude / Longitude): [23°10'52.1"S 46°53'30.2"W] [Clique nas Coordenadas acima para acessá-las no Google Maps!] _____________________________________________________________ Nota: [Zelamos pela qualidade e precisão das informações contidas nas Mini Biográfias publicadas, no entanto falhas podem ocorrer, sendo que neste caso solicitamos que possíveis erros existentes nessa Mini Biografia, bem como para complementar informações e dados que possam melhorar o artigo, sejam comunicados através do e-mail: assombracoes@gmail.com]. _____________________________________________________________